sábado, 1 de dezembro de 2012

Cabelo ‘Joãozinho’ e a reviravolta na vida



Nada como um pescocinho à vista, bem ao estilo da atriz Jean Seberg (foto), aquela moça do filme “Acossado”(1959), clássico de JL Godard.
Aquele cabelo conhecido vulgarmente como “Joãozinho”, que sempre intrigou nós homens pelo que tinha e tem de dúbio.
Em alguns rostos, cai perfeito, ressaltando o que tem de mais belo nos traços, lente de aumento no brilho dos olhos… Mas não é para qualquer rosto tal corte ousado, todo cuidado é pouco nessa hora.
Talvez seja mais para as mulheres de gestos pequenos e delicados do que para as mulheres mais atrevidas e selvagens, que estão mais para tranças, madeixas e mil segredos debaixo dos caracóis. Mas há controvérsias.
É corte para aquela hora de reviradas na vida, ritual de passagem, transição amorosa, mudanças bruscas, as calmarias que chegam depois das tempestades.
E como é prático uma mulher com cabelos curtíssimos.
Ao acordar, por exemplo, ao lado de um novo possível amor, não viverás o drama comum às fêmeas de longas madeixas -elas já acordam, quando ainda não possuem intimidade, em sobressaltos, preocupadas com o desalinho feito pelos travesseiros e pelos sonhos novos.
Sonhos, como bem sabemos, são filmes dirigidos por cineastas mortos, maneira de Deus ocupá-los no purgatório.
Acordam e correm logo para a conferência no espelho! Mal sabem como são lindas, de todos os jeitos, as mulheres quando acordam.
E cabelo curto, quanto mais rebelde melhor, quanto menos penteado ou arrumado, melhor.
Segundo o meu instituto Databotequim, os amigos avaliam que uma mulher com cabelo mais curtinho e despojado representa um clima mais relax, com menos ansiedade, em caso de futuro relacionamento.
Será?
Não é nada científico, mas a minha enorme mesa de bar, entre os bons amigos, chegou à esta boa tese.
Nada como um pescocinho à mostra… Lembram da Audrey Hepburn? Meu Deus, talvez tenha sido o melhor cabelo curto da história(do cinema!)
Bem curtinho ou channel, que assim se denomina por causa de outra deusa de madeixas econômicas, a Coco Channel, uma mulher sem medo de fazer com que as outras mulheres adotassem um estilo aparentemente, só aparentemente, masculino.
Ora, foi ela que inventou o tailleur, ainda nos anos 1940. Isso é que é vanguarda,  poder.
Mulher que é mulher, não tem medo das mãos-de-tesouras e de nem um Eduardo que corta grama lá fora.

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